18 de setembro de 2009

O surfista e o sertanejo!


Vixe que este encontro é arretado!
Ricardo Dreguer revela nesta deliciosa narrativa, as aventuras de Beto, um carioca apaixonado pelo mar e pelo surfe, que por circunstâncias alheias a sua vontade precisa se mudar para o sertão de Pernambuco.
De início Beto fica triste e arrasado, mas quando chega no sertão vive diversas aventuras ao lado do amigo João, um pernambucano que nunca viu o mar.
Beto então fica apaixonado pelo sertão e de "surfista" passa a ser um verdadeiro "sertanejo".
A molecada se encantou com as descobertas reveladas sobre o Sertão na leitura do livro, foi uma viagem da boa!!!

No final da história, Beto vem passar as férias no Rio de Janeiro e traz o João para conhecer o mar e a "Cidade Maravilhosa". O autor propõe que os leitores continuem a história, mas nós propomos que os alunos se colocassem no lugar do João e escrevessem uma carta para sua mãe que ficou em Pernambuco, contando as aventuras e descobertas de suas férias no Rio de Janeiro.
Avisamos aos alunos que iríamos escolher as cartas mais criativas de cada turma para enviar ao autor, pelo site da editora moderna.
Já escolhemos e enviamos 18 cartas e outras ainda virão,
estamos agora aguardando um retorno do Dreguer.
São muitas cartas para poder divulgar no nosso espaço virtual, então decidimos escolher duas entre as 18 já selecionadas para compartilhar com vcs, quem tiver interesse em ler as outras deixe um contato nos comentários que enviaremos por e-mail.

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2009.

Querida mainha,

Não sei nem se nessa carta que eu tô escrevendo vai dá prá contá pra ocê tudo o que os meus óio viram aqui no Rio.
A viagem foi é dá boa, viemos tudo num avião. Ele era tão grande e parece até um pássaro gigante de ferro. Calma, quando ele ta lá em cima é leve como uma pena.
A primeira coisa que o Beto mostrô pra eu foi é o mar. Vixê que coisa mais linda! É tão grande. É como se fosse um dos nossos riozinhos aí, só que mil vezes maior.
Aqui é muito difícil de vê os bichos. Só dá pra vê mais gato e cachorro. Os bichos ficam tudo dentro de jaulas. Ah! O nome desse lugar é Zoológico.
O Beto apresento uns amigos dele pra eu. Só que não foi venta com venta, foi trocando mensagens pelo tal de ORKUT. Mainha, aí é que ferrô! Eles escrevem tudo estranho e falam estranho também. Ah, tudo isso pelo computador.
As comidas deles são gostosas, mas eu prefiro mermo é o meu milho na fogueira. Aqui no Rio de Janeiro não tem. Oxente!
Estou me divertindo muito, fazendo novos amigos, conhecendo muitos lugares. Eu fui no Maracanã, no Cristo Redentor, Pão- de –Açúcar. Não é de cume não, é uma linda montanha. Quando eu chegar aí te conto tudo com detalhes. Estou com saudades.

Bejô mainha e bejô pro painho tbm!

João
P.S: “Tbm” é “também”. Acho que to pegando a mania carioca. Volto em breve.

Taimara Cabral. Turma: 906

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2009.

Mainha,
Nossa senhora! Mainha, aqui é tudo muito lindo! Tem uma estátua muito grande que dá pra ver de todo canto, os cariocas chamam de Cristo Redentor.
Em um lugar do Rio tem uma montanha enorme que chamam de Pão de Açúcar. Será que é uma montanha feita de pão e confeitada com açúcar? Se não, porque colocaram esse nome? Eu hein!
Mainha, as palavras que eles usam são muito estranhas, parece até que falam outra língua!
Eu também conheci um tal de shopping. Que nome estranho! Dentro desse negócio tem um cinema. A televisão é grandona. A gente coloca um óculos e vê o filme saindo de dentro da tela. É arretado!
Pela primeira vez eu vi o mar. Beto me chamou para entrar no mar e eu fui, mas fui tremendo de medo. Depois, eu comecei a gostar e vi que mar é o meu amigo.
Eu surfei, mainha, você sabe o que é surfar? Eu sei. É subir em cima de um troço parecido com uma folha gigante, mas dura e ficar deslizando nas ondas do mar.
Eu comi várias comidas diferentes, hambúrguer, misto – quente e outras coisas danadas de gostosas.

Mainha, vou ficando por aqui, porque ainda tenho muita coisa para aproveitar.
Cheiro, João.
Emanuelle, turma 704

Para saber mais sobre o livro:

Inté, um cheiro pra ocês!!!!

27 de agosto de 2009

Adivinha o que é!!!!




Quem já brincou de adivinha?
O que é? O que é?
Pois é, o autor César Obeid em seu livro: “Minhas rimas de Cordel, brinca com a cultura popular em versos de cordéis com adivinhas, ditados populares, crendices, supertições....

Segue uma adivinha pra ocês! Esta rima é arretada!!

"Quero ver vocês quebrarem
Da charada o caroço
Se preciso até façam
Escarcéu e alvoroço
Tem a boca na barriga
E a corda no pescoço?

Pelo visto ninguém sabe
Pois não escutei refrão
Tem a boca na barriga
Essa é a situação
E a corda no pescoço
Digo que é o violão."
César Obeid

Aproveitando os textos criativos e poéticos de César, desafiamos os alunos com as adivinhas, foi uma diversão da boa visse!
Descobrimos até alguns talentos com a proposta que fizemos.
Os alunos escreveram uma palavra em um papel e depois tiveram que criar uma adivinha em versos para que os colegas pudessem descobrir qual era a palavra.
Veja algumas produções:

"Vou mandar um cordel
Que é muito legalzinho
Ela te ajuda a cortar papel
Ou cartolina rapidinho.

Eu vou falar a resposta
Então vê se presta atenção
De quem eu to falando
É da tesoura meu irmão."

Joyce e Letícia 606

Ela tem de várias cores
Te ajuda na lição
Apaga os seus erros
E nunca te deixa na mão.
(borracha)

Gabriella, Helóá, Marlon e Igor
608
"Ele bate sem parar
Fica dentro do seu corpo
Quando nos apaixonamos
Ele bate muito forte
Ele só para de bater
Quando chega a nossa morte."
(coração)

Esses danadinhos criativos esqueceram de assinar a produção!

"Corta madeira, mas não é serra elétrica
Esculpe madeira, mas não é escultor
Aponta lápis, mas não é apontador
De quem eu to falando? É do castor."

Igor, Thales, Gabriel, Natã
806
"Me faz suar, me faz tremer
Faz meu coração bater mais forte
Quando vejo você
É uma coisa que sentimos
Sem saber o porquê"
(amor)

Fábia, Débora e Luana
806

Quer conhecer um pouco mais as obras deste autor???

20 de agosto de 2009

A triste partida...


Olá pessoal,
Dando continuidade ao trabalho com literatura de cordel, passamos para os alunos o videoclipe "A Triste Partida" , que é uma animação feita com o poema de Patativa do Assaré e interpretada por Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.

Para conferir o vídeo clique:
http://www.youtube.com/watch?v=0s4BbHxpUKY.
Em seguida discutimos sobre o sertão do Nordeste, os fatores que levam as pessoas a se retirarem de sua terra natal para a cidade grande e os prós e contras desta situação.

Como atividade sugerimos que os alunos retirassem de jornais uma reportagem e/ou imagem e criassem uma estrofe de cordel para representar os mesmos.
Escolhemos algumas produções para digitalizar e compartilhar com vocês.

Clique nas imagens para ampliá-las:



Valeu galerinha esperta!!!

13 de agosto de 2009

Folhetos de Cordel!


Olá galerinha,

No começo de julho começamos o trabalho com a Estação Sertões, como já relatamos, adquirimos 30 folhetos de literatura de cordel de Gonçalo Ferreira e nossa proposta foi que neste momento os alunos tivessem contato com este gênero textual para que pudéssemos mais tarde nos aprofundar neste tipo de literatura.

Os alunos puderam escolher o cordel, leram e depois abrimos uma roda de debates sobre este tipo de literatura, observando questões como temas, forma da narrativa, a forma da escrita, a disposição do texto, ritmo, rimas e muito mais.

Alguns alunos acharam uma leitura difícil, por conter termos regionais ou não mais usados atualmente.

Outros gostaram da musicalidade que esta literatura sugere, observaram também que alguns cordéis eram diálogos onde as personagens se confrontavam, ou seja, uma espécie de "desafio”, disseram eles.

Tinham alguns textos que eram clássicos da literatura recontados em forma de cordel, o que deixou a “história mais divertida”. E não podemos esquecer dos temas sociais trazidos também nas rimas de cordel.

Foi um encontro com uma literatura diferente, que a maioria dos alunos ainda não conheciam.
 

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